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Oxalá

Oxalá no Batuque
 
A Palavra Òsàlá  de origem árabe, mais precisamente de inshalla, com o signifcado de “se Deus quiser, se Deus o permitir”.

Oxalá é o Orixá da paz, união e fraternidade entre os povos da terra e do cosmo. Coordenador e muitas vezes responsável pelos orixás e também considerado o fim pacífico da vida é o Orixá da compreensão da amizade, entendimento e do fim dos mal entendidos. Ele é o pai da brancura, por isso, e essa cor simboliza a paz, a transparência, embora na religião e cultos Afros Brasileiros tenha a ver também com a morte, pois é o Orixá que também determina o fim da vida. É o momento de desligamento espiritual do material. Embora nós seres humanos não estejamos preparados para esse acontecimento natural na formação do universo.
 
Na religião começamos com Exú ou Bara, que representa o inicio de tudo, a roda da vida, portanto se Oxalá termina ele é o Orixá do que comanda do fim da vida. Devemos encarar a ocorrência da morte como um fator natural como os demais assuntos que fazem parte da natureza, tudo tem um inicio e um fim. Entendemos que a regência desta força é determinada pela energia que é chamada de Oxalá. Ele é o principio do fim da vida.
 
Oxalá é que tem a responsabilidade do equilíbrio das coisas, para se manter suavemente estabilizada em posição de espera ou definição, dependendo do caso, estabelecendo um acordo com a situação. Sendo uma organização terminal de maneira mais pacífica possível.
 
No mito da criação associamos as diversas maneiras de apresentação de Oxalá que é o nome genérico de vários Òrìsàs (Orixás) funfun (Brancos), devido à cor que os simbolizam: Osala Obatalá, Osalufon, Osagiyan.
 
Mitologias:
Obatalá ou Òrìsànlá;
Obatalá é o filho de Olorum o criador do universo. Depois de criado o universo e a terra em específico; depois de milhares de anos resolveu dar vida a terra e enviou seu filho direto “Obatalá” para esse fim à terra que até então era composta de água.
 
Vindo com o saco da criação, Obatalá criou  os montes, vegetais, animais e por ultimo da própria criação “terra” com ajuda de Nanan moldou o ser humano com o barro e com seu sopro deu vida ao ser humano. Òrìsànlá ou Obàtálá é o grande “O Grande Òrìsà” como é conhecido na mitologia Yorubá na àfrica. É o mais velho dos Òrìsás, o rei de vestes brancas, raiz de todos os outros Òòsààlà. Ele é o pai de Osàlúfón que é pai de Osoguian. O grande e poderoso Obàtálá que não se manifesta, sua palavra transforma-se, imediatamente, em realidade.
 
Osalufon
Oxalá é o responsável pelo Portal da vida e da morte, marido de Nanã, Senhor de uma fronteira de dimensão infinita. Por determinação da própria Nanã, somente os seres femininos tinham o acesso ao Portal, não permitindo a aproximação dela de seres do sexo masculino, sob hipótese alguma. Esta determinação servia para todos, inclusive para o próprio Oxalá.
 
Por um desentendimento com Nanã com referência ao Portal que ela mantinha e governava que era proibida a entrada de homem, e a desobediência do Oxalá forçando sua entrada, vestindo-se de mulher e Nanã descobrindo. Nanã determinou por ele ter conhecido a outra dimensão do Portal que compartilhasse com ela os segredos tão importantes, passando a incumbência de ser o principio e o fim através de seu cajado.
 
Este Oxalá passou a ser conhecido por, Osalufon não podendo se desfazer das vestes femininas e dessa data para frente só terá todas as oferendas como se fosse fêmea. Não podendo comer mais com os homens. “Aborós”, mas sim galinhas como as Iabás. Tornando-se o Senhor do principio da morte conhecendo todos os seus segredos.
 
Identificado também como oxalá velho, e se manifesta pelo odu ofun e ejiokô. Seu sombolo, é uma espécie de cajado em metal, chamado opaxorô.
 
Oxaguian
Oxalá Oxaguian, foi rei de Ejigbô, gostava de guerrear e Vivia sempre lutando, assim como gostava de se alimentar bem sempre com uma mesa farta, com caracóis, canjica, pombos brancos, mas a sua preferência era inhame amassado. Foi o rei de Ejigbô que inventou o pilão ficando mais fácil para macerar o inhame.
 
Ele era conhecido por muitos nomes assim como: Elemosó, Ajagunã, Aguinjolê e Osagiyan. É filho de Oguiriniã. “Osalufon”.
 
O rei ficou famoso por seu apetite pelo inhame que todos agora o chamam de “Orixá Comedor de Inhame Pilado”, o mesmo que Oxaguian na língua Yorubá. Ele também é chamado de Oxalá moço e se identifica no jogo de merindilogun pelo odu ejionile. Os seus  símbolos são uma idá (espada), e escudo e “mão de pilão
 
Oromilai
É a divindade mais importante na cosmologia Yorubá, o primeiro profeta do Ifà, quem abriu caminho para os humanos, é conhecido como o Orixá da sabedoria, que ensinou as outras divindades a interpretarem as mensagens de Olorum através de Ifá. Também conhecido como “a” Testemunha da Criação, o Orisá da sabedoria, (Eleri Ipin) em Yorubá. Esú foi o primeiro discípulo que Ouromilai teve na terra seu companheiro constante enquanto esteve na terra, é conhecido como “Mensageiro Divino” responsável por trazer e levar nossas oferendas ao céu.
 
Os sacerdotes de Ifá são chamados Babalawo (o pai dos segredos).
 
Oxalá é o fim. Claro que não o fim trágico, mas pacífico, de tudo que existe no universo. E merecedor de todo nosso carinho. É o nosso salvador, conselheiro, aquele que nos acolhe em momentos de angustia trazendo o que esse mundo mais precisa demasiadamente: Muita Paz.
 
Oxalá pai de todos, é o orixá mais poderoso na Nação, por ser responsável pela paz tanto humana como espiritual, criador do universo,quando moço valente guerreiro,quando velho conselheiro espiritual e dono do jogo de búzios.
 
Bocum: adjunto com Oxum Pandá;
Olocum: adjunto com Oxum Pandá;
Dacum: adjunto com Iemanjá Boci;
Jabocum: adjunto com Oxum Docô ou Iemanjá Bocí;
Orumiláia: adjunto com Oxum Docô ou Iemanjá Bomi;
 
Animais: quatro pés; cabrita branca para todos com exceção de Orumiláia branca com pequenas manchas preta.
Aves: meio quatro pés; pata branca e galinhas brancas. Orumiláia galinhas pretas.
Número: oito (08) e seus múltiplos. 
Cor: branca e Orumiláia amarela e Preta no Oyó.
Dia: quarta-feira para Oxalá Bocum e domingo para os demais Oxalás. 
Guias: branca para todos e para Orumiláia preto com amarelo.
Ferramenta: caramujo, cajado, pomba branca, sol, búzios e moedas para todos. Orumiláia mais os olhos.
Ervas: Tapete de Oxalá (boldo), alfavaca, sândalo, alfazema, capim limão, girassol, maracujá, jasmim limoeiro, rosas brancas e outras.
Orumiláia: abóbora, algodoeiro, guiné, limão, noz de cola, orobo, erva de São João e outras.
Frutas: Uva branca, pêra, bergamota, mamão, côco, limão, côco com casca e fruta pão (e outras espécies da natureza).
 
Saudação: Èpaô Bàbá!
 
Sincretismo: Jesus Cristo
Iansã no Batuque
 
Iansã é o nome dado por Xangô à Oyá, fazendo referências ao entardecer.

“Tradução é mãe do céu rosado ou mãe do entardecer, por isso que Xangô a chamava desta forma”.

Oyá, radiante, linda como o entardecer e como céu rosado. É a deusa da espada de fogo, dona das paixões, rainha dos raios, ciclones e outras tempestades intempestivas.
 
Dona dos eguns, guia dos espíritos, orixá do fogo. Como orientadora dos mortos, carrega consigo o eruexin, feito com rabo de cavalo, para impor respeito perante aos eguns. Junto usa também uma espada em chamas que lhe faz a guerreira do fogo.
 
Convivemos diuturnamente com esse orixá, força latente da natureza. Fenômeno natural da vida é a energia viva, pulsante e vibrante que move o mundo.

Orixá  da provocação dos ciúmes, mas também a geradora das grandes paixões e dos grandes desejos, incluindo os sexuais.
 
A Iansã é irrequieta; autoritária; sensual; disputa pelo ser amado; temperamento muito forte; dominadora e impetuosa; dona dos movimentos que aprendeu dos orixás; dona do teto e do Ilê.

Está presente em todos os campos de batalhas para resolver as grades lutas, principalmente nos caminhos cheios de riscos e não é muito chegada aos afazeres domésticos.
 
Como guardiã de um dos mistérios de Olorum, ela anula as injustiças e dilui os acúmulos emocionais. Tem como atributos atrair os espíritos negativos, recolhendo para os seus domínios até que se esgotem os seus negativismos, para só devolve-los neutros e calmos, para onde serão novamente redirecionados para a luz ou reencarnação.
 
Mitologia
Mesmo ela tendo sido a esposa de Xangô, percorreu vários reinos convivendo com vários orixás, somente não conseguiu o seu intento com Xapanã “Obaluaê”, pois ele nunca se relaciona com ninguém. Dessa forma fez uso de sua inteligência astucia e sedução para aprender e conhecer todos. Com Xapanã aprendeu a tratar dos mortos, conviver com eguns e controlar os mesmos. Iansã com Xangô dono do trovão, aprendeu a viver com fartura e, também, o manuseio do raio e amar verdadeiramente.

 

Oferendas

Canjica branca, mel, meregue e limão